terça-feira, 29 de março de 2016

Vamos falar de Distopias? [PARTE DOIS]

     Oi pessoal tudo bem? *--* 
     Continuando o post de semana passada, que foi o início do tema Distopias, dessa vez vamos ver as principais semelhanças e diferenças entre elas (as que eu li, claro, pois são as únicas que posso falar sobre). Se você ainda não leu esses livros e está na dúvida, aproveite para tirar suas conclusões e conferir as resenhas, mas cuidado que possui SPOILERS. Hoje talvez sua lista de leituras aumente...vamos falar de distopias?! xD 


      Entrei no universo de distopias com Jogos Vorazes, de Suzanne Collins. Depois conheci outra trilogia distópica: Divergente, da escritora Verônica Roth. Quando vi que se tratava de um "mundo pós-apocalíptico" divido em distritos - facções, eu pensava que Divergente seria muito parecido com Jogos Vorazes e até demorei um pouco para começar a leitura, pois não estava acostumada com o gênero e ainda "mexida" com o clima dos livros de THG. Porém, me enganei redondamente. 
     O fato é que sim: a maioria das distopias compartilham muitos pontos parecidos, pois são as características desse tipo de sociedade que precisam estar presentes na história. As duas trilogias possuem um governo opressor e autoritário, os personagens vivem entre divisões sociais onde fica evidente a pobreza e injustiça desse sistema, e chega num ponto em que o povo precisa mostrar sua coragem e força contra esse modelo rigoroso e as coisas começam a mudar. Vemos medo, muitas mortes, tristeza, injustiça, pobreza e muitos outros aspectos distópicos presentes nas duas, mas o legal é entender o ponto chave de cada uma delas e analisar suas diferenças que as tornam únicas e cheias de mensagens. 


       Jogos Vorazes gira em torno do sistema que organiza aquele macabro reality show onde apenas uma pessoa pode sobreviver, dos 24 tributos dos doze distritos de Panem. Essas edições mortais são feitas para mostrar ao povo o que a Capital é capaz de fazer com eles se se rebelarem contra as ordens do presidente Snow. E durante toda a trama vemos as consequências se agravando com a imagem de Katniss como o tordo de Panem. A esperança, por encontrarem alguém que foi contra o sistema saindo viva com Peeta da edição do primeiro livro. 

"Que a sorte esteja sempre a seu favor."

        Um universo dividido, injusto, onde a esperança é motivo de mudanças. Katniss se torna a salvação daqueles distritos, que não querendo mais sofrer as consequências do poderio de Snow, se rebelam contra a Capital para que não tenha mais Jogos Vorazes, não tenha mais tributos e mortes. Desde a cena em que Katniss se oferece como tributo no lugar de sua irmãzinha, The Hunger Games nos mostra coragem, amor, determinação e fé, mesmo com tanto caos. 


        A trilogia Divergente não é muito diferente em linhas gerais, como eu já mencionei. Mas sua história se centraliza em algo completamente diferente. Com as cinco facções: Abnegação (altruísmo), Franqueza (sinceridade), Audácia (coragem), Amizade e Erudição (inteligência) - como se pode notar, cada uma representando uma especialidade baseada na personalidade/moral da pessoa - a sociedade vive dividida com seus trabalhos em cada área, sem saberem o que existe do outro lado da cerca que protege o lugar. Beleza, mas ai começam as coisas: a caça á Divergentes, pessoas com habilidades para mais de uma facção, como foi o caso de Beatrice Prior (Shailenne Woodley). 
      A pergunta aqui seria o motivo de tais pessoas serem tão perigosas para precisarem serem caçadas pela Erudição, certo? A resposta é simples: se tem pessoas com tendências para mais de uma facção, é que os genes delas são diferentes dos que tem tendência para apenas uma! E se há tal mudança, o sistema de facções correria risco de acabar e é claro que Jeanine Matthews (líder da Erudição) não ia querer perder seu poder sobre as outras facções. Sendo que até então ninguém sabia direito dessa história de genes, que é mais explicado do segundo para o terceiro livro. No último livro é contado como o mundo sofreu para precisarem criar um sistema daqueles, onde queriam controlar tais capacidades humanas através dos genes e passamos a entender melhor o que realmente são os Divergentes, quando descobrimos o que há fora da cerca e as coisas vão sofrendo alterações. 

"Eu não quero ser apenas uma coisa. Quero ser corajoso, altruísta, inteligente, honesto e gentil"

     Então, podemos perceber que o foco da história é na índole humana, o quão ambiciosos e vaidosos os humanos eram para provocarem a destruição do nosso mundo, e querendo mudar isso e salvar essa raça, passam a fazer experimentos com genes para "criarem" pessoas "melhores". É intrigante, não é? O desenrolar da trilogia te deixa boquiaberto e também vemos tristeza, mortes, medo e coragem. Esperança, claro! Mas acima de tudo, a importância de sempre tentarmos sermos bons para nós e os outros. Isso faz a diferença em uma sociedade e é o que falta atualmente na nossa. 
        
        Ok pessoal, falei demais! haha' xD 
       Eu poderia comentar sobre outras distopias, mas preferi essas que são as que eu mais gosto e as que estão mais na cabeça das pessoas recentemente. Ainda assim, procure outras, temos resenha de Legend, O Teste e Delírio. Vale a pena, pessoal! 
      Espero que eu tenha feito vocês pensarem um pouquinho mais sobre esses livros e suas mensagens para o nosso mundo real, que é mais ou menos: "olhem onde a gente pode parar". Comentem suas opiniões sobre o tema e espero vocês no próximo post! Até mais! *-*

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