Olá galerinha! Tudo bem? *-*
Resenha saindo do forno! Dessa vez, do livro que inspirou o filme com o mesmo nome que foi estrelado pela atriz Chloe Grace Moretz (Carrie - A Estranha) em 2014. "Se eu ficar" é o primeiro volume da duologia de Gayle Forman, com a sequência "Para onde ela foi".
Título: Se eu ficar
Título Original: If I Stay
Autor (a): Gayle Forman
Editora: Novo Conceito
Páginas: 224
Sinopse:
"A última coisa de que Mia se lembra é a música. Depois do acidente, ela ainda consegue ouvir a música. Ela vê o seu corpo sendo tirado dos destroços do carro de seus pais mas não sente nada. Tudo o que ela pode fazer é assistir ao esforço dos médicos para salvar sua vida, enquanto seus amigos e parentes aguardam na sala de espera... e o seu amor luta para ficar perto dela. Pelas próximas 24 horas, Mia precisa compreender o que aconteceu antes do acidente e também o que aconteceu depois. Ela sabe que precisa fazer a escolha mais difícil de todas."
Resenha:
Confesso que tenho certo preconceito com livros de drama, romance adolescente e coisas do tipo que te fazem chorar. Como eu já tinha visto o filme, pensei "caramba, vou chorar litros no livro" e o engraçado é que eu não chorei! haha' A história é sim emocionante, te faz refletir e foi muito bem montada para pensarmos nas várias coisas entre nossa vida e nossa morte. Entretanto, da para ler sem chorar e isso (para mim) foi muito bom (pois sou uma manteiga derretida!). Isso é mais um exemplo de que não é nada legal esse lance de preconceito com gêneros literários, podemos sempre nos surpreender!
E a história me surpreendeu. Como eu já disse, pensei que seria um enredo devagar e dramático. Porém, tem vários toques de humor nela (inclusive, o "humor negro" que a protagonista realmente diz ter) que te faz ver as coisas com mais leveza. Os personagens são muito bem descritos, todos eles tem um papel importante para Mia e ganham destaque no decorrer das lembranças dela. Você quase se torna íntimo deles também, pelo modo como ela narra os diálogos cheios de mensagens referente ao seu estado atual.
"Às vezes você faz escolhas na vida e às vezes as escolhas fazem você"
Mia sofre o acidente logo no primeiro capítulo do livro, onde seus pais morrem e ela se vê fora do seu corpo, como um fantasma, e a partir dali acompanha sua trajetória para uma mesa de cirurgia e seus parentes e amigos indo vê-la. Ela não entende aquele estado, seu espírito vaga pelo hospital a procura de notícias de seu irmão Teddy (que também estava no carro na hora do acidente) e uma forma de conseguir voltar para seu corpo, depois de tentar ultrapassar paredes e não obter sucesso. Até que consegue compreender o que aquilo possa significar, que a decisão talvez seja só dela, de ficar com aqueles que ainda se preocupam com ela ou de partir para junto de sua família agora morta. E ela não consegue ter forças para escolher aquilo.
Toda a história é intercalada com os momentos de flash back de Mia e seu estado "fantasma" no hospital, vendo o tempo passar e o momento de se decidir se aproximar. Mia quer morrer para não sofrer na vida real com a saudade, com o medo de ficar ainda mais sozinha e de ter que ouvir a chamarem de "órfã". Ela não quer sofrer mais. Sendo que ver seus avós ali, seus tios e primos, Kim (sua melhor amiga) e Adam, (seu namorado) deixam a escolha difícil demais para ela. Ela os ama.
"Percebi agora que morrer é fácil. Viver é difícil."
O papel da música na vida de Mia e Adam é outra coisa super importante e que nos faz ver a música quase como um personagem na trama, de tão especial que ela é, na verdade, para todos os personagens envolvidos com os protagonistas. Mia é violoncelista numa família amante de rock, o que a fez sempre achar ser deslocada e, encontra em Adam, que também é fã de rock e pop (vocalista da banda Shooting Star), uma forte ligação por causa da música. O fato da música ser parte deles, faz eles se tornarem mais próximos mesmo os gostos sendo opostos. E então o amor deles começa depois de uma noite de música. <3
Eu não conseguia parar de ler! Li tudo em um único dia e como não há a separação por capítulos, o livro acaba e você nem percebe de tão fácil que fluiu a leitura. Gayle fez tudo muito natural, os sentimentos e emoções de uma adolescente presentes ali, e personagens super queridos ao redor dela. Quanto ao filme... sim, eu gostei da adaptação. Mas há coisas muito diferentes, cenas que fizeram só no filme e outras do livro que foram contadas de outra forma. Ainda assim, vale a pena você conferir o filme depois da leitura.
"E, de repente, tudo o que preciso é segurar a mão dele mais do que já precisei de qualquer outra coisa na vida. Não apenas sentir que ele segura a minha mão, mas segurar a dele também."
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