sábado, 26 de agosto de 2017

[Resenha] Sobre a escrita - Stephen King


   Olá! Tudo bem com vocês? :)
  Nessa semana (mais precisamente, 24/08) saiu aqui no Brasil o filme inspirado na série de livros do autor Stephen King, A torre negra, com direção de Nikolaj Arcel. Pensando nisso, voltarei em breve com mais um #cineexpectativa contando um pouco sobre o que achei do filme (quero muito assistir, apesar de não ter lido os livros). Alguém já leu/assistiu? 
   Enquanto isso, já armando o clima do King aqui no blog, trouxe a resenha do primeiro livro que li dele (que vergonha, Thaís!). Há um bom tempo estava querendo ler um livro do King, mas quis começar com esse, achando ser uma boa entrada nesse universo de escrita de um dos autores mais renomados e vendidos quando se trata de terror.
     Agora, vamos parar de papo e conferir logo a resenha?



Ficha técnica:

Título: Sobre a escrita, a arte em memórias
Título original: On Writing
Autor: Stephen King
Editora: Suma de letras
Páginas: 256






Sinopse:

"Com uma visão prática e interessante da profissão de escritor, incluindo as ferramentas básicas que todo aspirante a autor deve possuir, Stephen King baseia seus conselhos em memórias vívidas da infância e nas experiências do início da carreira: os livros e filmes que o influenciaram na juventude; seu processo criativo de transformar uma nova ideia em um novo livro; os acontecimentos que inspiraram seu primeiro sucesso: Carrie, a estranha. Pela primeira vez, eis uma autobiografia íntima, um retrato da vida familiar de King. E, junto a tudo isso, o autor oferece uma aula incrível sobre o ato de escrever, citando exemplos de suas próprias obras e de best-sellers da literatura para guiar seus aprendizes. Usando exemplos que vão de H. P. Lovecraft a Ernest Hemingway, de John Grisham a J. R. R. Tolkien, um dos maiores autores de todos os tempos ensina como aplicar suas ferramentas criativas para construir personagens e desenvolver tramas, bem como as melhores maneiras de entrar em contato com profissionais do mercado editorial. O livro também não deixa de lado as memórias e experiências do mestre do terror: desde a infância até o batalhado início da carreira literária, o alcoolismo, o acidente quase fatal em 1999 e como a vontade de escrever e de viver ajudou em sua recuperação. Ao mesmo tempo um álbum de memórias e uma aula apaixonante, Sobre a escrita irradia energia e emoção no assunto predileto de King: literatura. A leitura perfeita para fãs, escritores e qualquer um que goste de uma história bem-contada. Eleito pela Time Magazine um dos 100 melhores livros de não ficção de todos os tempos e vencedor dos prêmios Bram Stoker e Locus na categoria Melhor não ficção, "Sobre a Escrita" é uma obra extraordinária de um dos autores mais bem-sucedidos de todos os tempos, uma verdadeira aula sobre a arte das letras."

Resenha:

"Se você consegue escrever porque sente alegria, 
vai escrever para sempre". 

    O livro é realmente "O Livro". Para leitores, é uma dimensão de como a vida do autor está intimamente ligada a carreira dele. Para autores ou àqueles propensos a ser, é literalmente uma aula dinâmica e rica sobre o processo criativo. 

"... eu não queria escrever um livro, nem mesmo um tão curto quanto esse, que me deixasse com a sensação de charlatanismo ou babaquice transcendental. Desse tipo de livro - e de escritor - o mercado já está cheio, obrigado."

   "A arte em memórias" é um subtítulo á altura, o livro nos faz embarcar em momentos felizes e infelizes (será?) de sua vida particular que influenciaram diretamente em sua vida como escritor. 
   Enquanto você conhece mais sobre o trabalho de King, sua maneira de ver a escrita e lidar com ela, o passo a passo de alguns de seus enredos, o planejamento e a "caixa de ferramentas" que ele sugere que um autor precisa ter, nós também conhecemos mais sobre o King marido, pai, filho. Como o homem que quase morreu atropelado por um furgão e se viu, de repente, com alguém que poderia ser, de fato, um de seus personagens - se aquilo tudo não fosse tão grave, tão real. 

"Você precisa que alguém lhe entregue uma pasta de papel com a palavra ESCRITOR para acreditar que você também é um? Honestamente, eu espero que não".

   O autor leva com humor algumas de suas lembranças, desde quando era criança e vendia o que escrevia na escola, encrencas com o irmão, a ida ao médico para tirar cera do ouvido, até suas fases com bebidas e dificuldades na família. Mas sempre retomando o ponto de partida, o que aquilo tudo ajudava em sua construção de leitor do mundo e paralelamente, escritor. 
    As recusas de publicação que ele deixava em um prego na parede de seu quarto, o sucesso de Carrie, a estranha e a guinada de sua carreira literária vão nos mostrando também sobre como lidar com essas experiências de desânimo e conquista, muito recorrentes na vida de um escritor. 

"Se você quer ser escritor, existem duas coisas a fazer, acima de todas as outras: ler muito e escrever muito. Que eu saiba, não há como fugir dessas duas coisas, não há atalho".

    Stephen "abre a porta" para que possamos ler com ele, de modo muito sincero e direto, sobre como ele começou, como ele faz e o que sabe sobre isso. Ele agradece á sua esposa, Amy Tan, que foi quem disse a ele o que de fato o deixou com vontade de escrever Sobre a escrita: que ninguém perguntava para ele sobre a linguagem. "Trata-se do trabalho diário; trata-se da linguagem".
    A importância da gramática, da construção do personagem, do enredo sequencial, dos truques da linguagem e da rotina da escrita são pontos importantes no livro. Com capítulos extensos, porém, muito essenciais e recheados de exemplos realistas e experimentais, Stephen King ainda da dicas de livros que ele julga interessante o leitor conhecer, além de falar em vários trechos do livro sobre o trabalho de alguns escritores, de modo a servir de exemplo para suas sugestões. Diz ainda sobre o meio editorial, comenta sobre seus livros publicados e demonstra pontos de revisão como se o livro fosse seu rascunho, deixando o leitor pensar que está de frente com a mesa de trabalho do autor. 
       
"Quando escreve um livro, o autor passa dias e dias procurando e identificando as árvores. Quando acaba, é preciso dar um passo para trás e contemplar a floresta".

     A escrita de Stephen e sua genialidade me deixou com a vontade que eu procurava para ler mais livros dele, acho que escolhi o livro certo para começar. Assim, recomendo a leitura para aqueles que já são fãs de suas histórias mas, principalmente, para aqueles que esperam ou que já trabalham com o meio literário, pois Sobre a escrita é um contato íntimo com a literatura. Sem contar que da gosto ver esse exemplar em sua estante, não é? *-* 
   
"Escrever e mágico, é a água da vida, como qualquer outra arte criativa. A água é de graça. Então beba. 
Beba até ficar saciado".

Minha nota: 


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