Oi gente! Tudo bem? :)
A resenha de hoje é de um livro que também tem tudo a ver com chaves (a última resenha que postei aqui foi de Lugar Nenhum, juro que não foi proposital!), já leram A guardiã de histórias?
"—Meu nome é Mackenzie Bishop — digo. Quatro anos desde que Da morreu, e nem um único deslize. Nem para mamãe, nem para papai, sequer para Lynds. —E sou uma Guardiã.O mundo não acaba. As pessoas não morrem. As portas não se abrem. A Equipe não aparece para me prender."
Sinopse:
Imagine um lugar onde, como livros, os mortos repousam em prateleiras. Cada corpo tem uma história para contar, uma vida disposta em imagens que apenas os Bibliotecários podem ler. Aqui, os mortos são chamados de Histórias, e o vasto domínio em que eles descansam é o Arquivo. Mackenzie Bishop é uma implacável Guardiã, cuja tarefa é impedir Histórias geralmente violentas de acordar e fugir do Arquivo. Naqueles domínios, os mortos jamais devem ser perturbados, mas alguém parece estar, deliberadamente, alterando Histórias e apagando seus trechos essenciais. A menos que Mac consiga juntar as peças restantes, o próprio Arquivo sofrerá as consequências.
Título: A guardiã de histórias
Título original: The Archived
Autora: Victoria Schwab
Editora: Bertrand Brasil Páginas: 322
Resenha:
Tive a sorte de conhecer a V. Schwab na Bienal do Rio do ano passado e aproveitei para adquirir de vez meu livro com direito á autógrafo! Desde que ouvi a premissa de A guardiã de histórias fiquei curiosa por se tratar de um tipo de "cemitério para histórias humanas"... Achei genial! Sem contar que acho essa capa linda, o tom roxo é o meu favorito na estante e o livro em si é maravilhoso para folhear, a leitura flui muito rápido.
"—Meu nome é Mackenzie Bishop — digo. Quatro anos desde que Da morreu, e nem um único deslize. Nem para mamãe, nem para papai, sequer para Lynds. —E sou uma Guardiã.O mundo não acaba. As pessoas não morrem. As portas não se abrem. A Equipe não aparece para me prender."
Mas vamos começar direito, sobre a história... Bem, Mac Bishop herdou de seu avô o trabalho de ser Guardiã e, por isso, precisa manter segredo sobre os mistérios da existência do Arquivo. Mesmo tendo começado bem cedo, é corajosa e precisa ser esperta para lidar com as Histórias com H maiúsculo que aparecem pelos Estreitos - e que precisam ir para os Retornos, onde são encaminhados á suas gavetas. Cada História representa uma alma, só que como um casulo para memórias, não são humanos de verdade (apesar da aparência).
Assim, Mackenzie fica entre a realidade de ter que se adaptar a uma nova casa, depois da morte de seu irmão mais novo, Ben, e a crescente aparição de Histórias em sua lista do Arquivo, desde que se mudou para o Coronado. A morte de seu irmão é um assunto marcado em todo o livro, Mac e seus pais sentem muito a perda de Ben e isso muda a forma como eles se relacionam e tentam recomeçar suas vidas.
"Uma morte é traumática. Vívida o bastante para deixar qualquer superfície marcada, queimar como a luz sobre papel fotográfico."
Em meio á isso, a Srta. Bishop, como Mac é chamada pelos Bibliotecários, conhece Wesley, um garoto que usa delineador e que respira rock. Wes se torna muito presente na vida de Mac e também esconde um segredo que pode vir a uni-los ou separá-los de vez, assim que revelado.
Enquanto isso, a tal aparição de mais nomes em sua lista estaria relacionada a um problema no Arquivo... Caçadores de Guardiões, (Histórias mais velhas), estão aparecendo pelos Estreitos com frequência desde que Mac foi atacada por uma História que tinha uma faca - quem o teria dado uma arma no Arquivo? Um Bibliotecário estaria acobertando? Sem contar que no caminho, literalmente nos Estreitos, um garoto de cabelos prateados a ajuda e vira uma incógnita para Mackenzie: por que Owen não se desgarrou como toda História? Ele vagueia tranquilamente pelos corredores e conversa com ela, a toca, a acalma, de um jeito diferente... Até que ela nota, com a ajuda do Bibliotecário mais legal da face da Terra, Patrick, que tudo está, de alguma forma, relacionado ao assassinato que aconteceu no prédio onde Mac e sua família moram agora. Só que isso aconteceu há mais de sessenta anos...quem seria o culpado?
"A tristeza pode drenar a luta dos traços de uma pessoa, mas os dele são claros. Ousados. Quase desafiadores."
Como eu disse no comecinho da resenha, a leitura flui bem rápido! Os capítulos são divididos entre o presente de Mackenzie e lembranças de suas conversas com Da (seu avô que era Guardião), que vão se encaixando com o que Mac está passando até o final do enredo. O livro é cheio de segredos, com Mac tentando juntar as peças sem se expor demais e nem ir totalmente contra as regras do Arquivo, para não perder o emprego - e assim, suas memórias. O tom de lamentação dela pela morte do irmão a torna mais humana, uma adolescente que queria ser apenas a "M", normal como sua amiga Lindsey. Já Wes é um personagem super cativante, seus diálogos tem personalidade, apesar da pulga atrás da orelha que ficamos em relação á ele (pelo menos eu fiquei)... E Owen, bem... Owen é um pesadelo de tão atraente e misterioso!
Descobri que o livro tem sequência, mas pelo jeito ainda não no Brasil :/ O que é uma pena. Mesmo eu tendo curtido a leitura, não me agradou tanto quanto imaginei, não sei muito bem o motivo - talvez por alguns diálogos terem me deixado um pouco confusa ou insatisfeita no decorrer da história? Ainda assim, super vale a leitura pela criatividade e inovação ao se falar da morte! Mas e você, já leu? Quer ler? Tem algum outro livro da V. Schwab? Deixe seu comentário se gostou da resenha e até a próxima!
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