Oi gente! Tudo bem com vocês?
Depois da LER - Salão Carioca do Livro, que aconteceu do dia 17 ao 20 aqui no centro do Rio, resolvi fazer esse post sobre o que eu acho dos eventos literários. Principalmente quando a gente se refere á autores iniciantes ou independentes, também a falta de incentivo á leitura de modo geral em nosso país e as poucas realizações de feiras literárias com o foco nessa relação autor - leitor. Então, vou falar um pouquinho da minha experiência como escritora da Baixada Fluminense em eventos literários!
Desde que saiu meu conto no livro Céus de Chumbo, em 2016, passei a ser convidada como autora em eventos do meu município. Depois do lançamento de Shine Moon as portas se abriram ainda mais para mim e pude participar de outros, inclusive fora de Duque de Caxias, e assim também vieram as matérias em jornais e sites. Logo, não é dúvida para ninguém que eventos ajudam a impulsionar a imagem do escritor, facilitando que seu trabalho chegue á mais pessoas, e é de extrema importância para o seu portfólio. Ainda mais quando se trata de um escritor iniciante, como o meu caso, que precisa se fazer presente para ser lembrado, para assim conseguir alcançar mais público para suas histórias. Eventos também ajudam a fazer com que nosso trabalho, quanto autor nacional, seja visto por grandes editoras (que agora estão começando a não dar prioridade somente á literatura estrangeira).
E foi a partir dessas oportunidades que pude conhecer novos leitores que até hoje acompanham o meu trabalho (a qual agradeço com muito carinho <3), e essa é uma das coisas que julgo mais importante na realização de eventos: o contato autor e leitor. Nada de uma parede fazendo de conta que o escritor é um ser intocável e, sim, o real diálogo entre eles. Essa aproximação é o que torna possível a inspiração para novos autores surgirem, por exemplo, e que faz com que o leitor brasileiro valorize ainda mais a literatura nacional. Para assim acontecer, agora falando da coisa mais importante dentro de um evento literário: a disseminação da leitura - e consequentemente da escrita.
Afinal, sempre ouvimos que o brasileiro não lê e que, agravado por isso, a literatura nacional não vende. Mas me diga, você vê incentivo á literatura em nosso país? Muito pouco, muito menos a produzida aqui. Ouso dizer que isso vem mudando de uns anos para cá, novas categorias no mercado editorial vem surgindo (livros com temática LGBTQI, feminismo e valorização da literatura negra...) e também novos modelos de publicação (destaque para a Amazon, Wattpad, selos editoriais e publicação independente) e de leitura (digital), além de um maior engajamento na realização de eventos literários (que eu veja, pelo menos, no Rio de Janeiro).
Momento "Quando a Baixada Fala", no Espaço Sarau da LER |
Sempre fui muito bem recebida em todos os eventos e agradeço imensamente a oportunidade. A cada convite sinto que sou capaz de subir ainda mais os degraus do meu sonho como autora e um simples sorriso ou "parabéns" me enche de alegria por ver que meu esforço vale a pena. Toda vez que saio de um evento fico estimulada a dar mais de mim aos meus projetos e vocês não imaginam o quanto isso é importante.
Se ser escritora nacional já é difícil, ser iniciante e ainda moradora da Baixada Fluminense é ainda mais. Por isso todo espacinho que ganhamos para falar do nosso trabalho é super bem-vindo e nos enche de orgulho por poder dizer que aqui produzimos obras incríveis, sim! Por isso admiro muito a responsabilidade e o carinho com o qual o LiteraCaxias têm em produzir eventos na Baixada (e agora fora dela), sempre levantando a bandeira dos escritores daqui e criando um vínculo maravilhoso entre leitores e autores nacionais. Graças ao Litera pude participar da Bienal do Rio de 2017 e agora da LER, dentre outros eventos, experiências muito marcantes na minha vida.
Seja produzindo, participando ou visitando, a importância dos eventos literários é enorme em nossa sociedade. São poucos eventos ainda, mas quando acontecem eles lotam. E nesse último fim de semana um exemplo disso foi a LER, que me surpreendeu com tantos espaços para se falar da literatura de modo muito dinâmico e moderno, reunindo vários leitores a cada corredor ou bate-papo. Pessoas de várias idades, classes sociais, municípios... todos em prol da leitura. A parte que mais me emocionou foi a homenagem ao Ziraldo, com crianças acompanhando o cartunista em seus 85 anos dizendo: "nunca pensei que fosse ficar velho e de repente fiquei velhinho". É gratificante participar de um evento como esse, pisar no mesmo palco onde esteve o criador do Menino Maluquinho para falar do meu trabalho e ser bem acolhida. Novamente parabéns aos organizadores, foi lindo (e até 2019!).
Então tivemos um aumento de leitores e de visibilidade á literatura nacional, sim, mas precisamos de mais! Uma coisa que eu sempre pergunto é: Quantos livros nacionais você tem na sua estante ou leu esse ano? Gente, tem que divulgar, compartilhar, incentivar! Se nunca leu, da uma chance! Tem muita história incrível por aí, e você está perdendo!
Bom gente, é isso. Se eu pudesse falaria ainda mais, então vou parar por aqui pela consciência de que esse post está ficando maior do que eu esperava hahaha' Espero que tenham gostado de saber um pouquinho sobre minha experiência como autora e o que acho desses eventos, talvez eu fale disso mais pra frente novamente, pois deixei de fora alguns tópicos importantes, ainda, mas por hoje é só. Até o próximo post! :)
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