sábado, 28 de setembro de 2019

[Resenha] Um tom mais escuro de magia - V. E. Schwab


Depois desse tempo todo sem resenhas por aqui (acreditem, está difícil manter o blog atualizado, mas vamos seguindo...), venho falar de um dos livros que eu estava mega empolgada para ler desde a Bienal 2017. Este é o primeiro volume de mais uma sequência fantástica de Victoria Schwab, mesma autora de Vilão, livro que tem sido bastante comentado atualmente. Mas você conhece Um tom mais escuro de magia?

Sinopse:
"Kell é um dos últimos Viajantes — magos com uma habilidade rara e cobiçada de viajar entre universos paralelos conectados por uma cidade mágica. Existe a Londres Cinza, suja e enfadonha, sem magia alguma e com um rei louco — George III. A Londres Vermelha, onde vida e magia são reverenciadas, e onde Kell foi criado ao lado de Rhy Maresh, o boêmio herdeiro de um império próspero. A Londres Branca: um lugar onde se luta para controlar a magia, e onde a magia reage, drenando a cidade até os ossos. E era uma vez... a Londres Negra. Mas ninguém mais fala sobre ela. Oficialmente, Kell é o Viajante Vermelho, embaixador do império Maresh, encarregado das correspondências mensais entre a realeza de cada Londres. Extra-oficialmente, Kell é um contrabandista, atendendo pessoas dispostas a pagar por mínimos vislumbres de um mundo que nunca verão. É um hobby desafiador com consequências perigosas que Kell agora conhecerá de perto. Fugindo para a Londres Cinza, Kell esbarra com Delilah Bard, uma ladra com grandes aspirações. Primeiro ela o assalta, depois o salva de um inimigo mortal e finalmente obriga Kell a levá-la para outro mundo a fim de experimentar uma aventura de verdade. Magia perigosa está à solta e a traição espreita em cada esquina. Para salvar todos os mundos, Kell e Lila primeiro precisam permanecer vivos."
Título: Um tom mais escuro de magia
Autora: V. E. Schwab
Editora: Record
Páginas: 420

Resenha:

Fantasia é um dos meus gêneros favoritos. Depois que conheci a escrita de Victoria Schwab lendo A guardiã de histórias, a vontade de ler mais títulos dela, cresceu. Na verdade eu também tinha comprado os primeiros livros de Tons de magia na época (para garantir meus autógrafos na Bienal), só faltava tempo para ler as 420 páginas. Quem diria, foram lidos em apenas quatro dias!

Apesar da grossura, o livro tem capítulos de fácil leitura e descrições que nos prendem. Instigando sempre a saber mais... Sem dúvidas a autora domina bem o gênero, nos levando, nessa história, a conhecer 3 distintas Londres. Kell, o protagonista, as nomeou com cores: Londres Branca, Londres Vermelha, Londres Cinza e Londres Preta - sendo esta última, uma Londres há muito tempo perdida. 

"Você acredita que a magia é uma igual. Uma companhia. Uma amiga. Mas não é. A pedra é a prova. Ou você é mestre da magia ou seu escravo."

Kell é um Antari da Londres Vermelha. Ele tem magia no sangue, pode viajar entre as três Londres através da criação de portas. Isso faz dele um dos dois únicos, até então, com essa capacidade. Só que magia sempre tem um preço. Kell começa a pagar bem alto assim que aceita, a contragosto, fazer uma incomum entrega, carregando uma pedra preta que viria a causar destruição por onde passasse. 

Curiosamente, é assim que ele conhece Lila. Uma garota que se veste como homem para disfarçar seus furtos entre a Londres Cinza, que é como sobrevive. Delilah sonha ser uma Pirata um dia, mas enquanto esse dia não chega, acaba enrolada com a missão do garoto mágico que entrou sangrando no seu quartinho alugado. Os dois descobrem que a tal pedra preta, na verdade, é uma fonte de magia muito perigosa e que por isso estão sendo perseguidos.

E assim a história se desenrola, com cenas de fuga, luta e até mesmo de humor. A química entre Kell e Lila é muito gostosa de acompanhar, a forma como se preocupam um com o outro, mesmo sendo de universos tão diferentes, é bem perto do natural e isso cativa a torcida pelo casal. 

"—Ei, Lila?  disse ele baixinho no espaço entre eles.
—Sim?
Em seguida beijou os lábios dela por um breve instante, o calor presente e dissipado em um segundo. Ela franziu o cenho para ele, mas não se afastou. 
—Por que você fez isso? — perguntou ela.
—Para dar sorte — respondeu ele. Não que você precise de sorte."

Os personagens são bem construídos, nunca estão ali à toa, sem contar a forma que nos são apresentados, causando aquela empatia quase como se fossem de fato reais. O tom de mistério que a autora coloca nas cenas mais focadas na magia também é muito bem desenvolvido, sempre com uma riqueza de detalhes que nos transporta para a mesma época ambientada no livro sem nenhuma dificuldade. O mundo mágico que Schwab traz com certeza é um dos meus mais novos xodós.

Agora é ler Um encontro de Sombras e esperar pelo lançamento do terceiro volume no Brasil. E você, já leu?


Minha nota:  


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