Sinopse:
"Não faltam heróis. Dos clássicos às histórias contemporâneas os meninos e homens estão por todo lugar. Empunhando espadas, usando varinhas mágicas, atirando flechas ou duelando com sabres de luz. Mas os tempos mudam e já está mais do que na hora de as histórias mudarem também. Com discussões feministas cada vez mais empoderadas e potentes, meninas e mulheres exigem e precisam de algo que sempre foi entregue aos meninos de bandeja: se enxergar naquilo que consomem.
Este é o livro de um tempo novo, um tempo que exige que as mulheres ocupem todos os espaços, incluindo a literatura. [...] Este é um livro no qual as meninas salvam o dia. No qual elas são o que são todos os dias na vida real: heroínas. Finalmente."
Autoras: Laura Conrado, Pam Gonçalves, Ray Tavares
Editora: Galera
Páginas: 256
Resenha:
A primeira coisa que me conquistou neste livro foi a diagramação, gente, que fofura! Sem contar o trabalho das autoras, que são destaques da nossa literatura nacional.
O livro começa com a história de Daniela, uma estudante que sonha em trabalhar na clínica veterinária Mosqueteiros. A mãe dela já é conhecida no ramo, e Dani ama os animais. Então a trama é mais focada nas experiências que ela precisa passar para alcançar seu sonhado jaleco de Mosqueteira, se tornando próxima da realidade da ONG, que enfrenta dificuldades. Bom, não é preciso dizer que a inspiração aqui foi Os três mosqueteiros, não é?
A narrativa da Pam traz Marina, que com poucas semanas para completar seu Ensino Médio precisa lidar com uma comissão de formatura liderada por ela. O grande dia precisa de muita organização, mas ela consegue a ajuda de outras meninas nessa empreitada, o que parece uma verdadeira Távola Redonda - só que de mulheres! A-ha, eu sei que você lembrou do Rei Arthur!
A terceira e última história do livro, narrada pela Ray Tavares, foi de longe a minha favorita. Roberta foi adotada por um casal simples que acabou morrendo nas mãos da injustiça presente na Selva de Pedra, lugar onde cresceu, acumulando muita raiva de um homem sem escrúpulos chamado Felizzi. Adotando o pseudônimo de Robin Wood, Roberta realiza transferências dos bolsos dos ricos para os pobres, como dita a lenda, só que na forma de hacker. Esperta no computador, ajuda anonimamente muitas ONG's, instituições carentes, etc. E o flechado dessa vez foi o pastor Felizzi, pai do garoto por quem Roberta acabou se apaixonando. Que coisa, não?
O romance em Uma por todas e todas por uma é fofo, onde é fácil se identificar com as inseguranças de Daniela. Em Formandos da Távola Redonda ele é construído de forma inteligente, onde também se levanta a questão da sexualidade e do namoro abusivo, o que é importante. Robin, a proscrita claramente não foca no romance, que ganha mais destaque no finalzinho, mas a história é muito rica em detalhes e o uso dos flashbacks e escolhas de estilo foram incríveis para a imersão na história que tanto se assemelha com nossa sociedade às avessas.
As três histórias são igualmente bem escritas, mostrando o talento das meninas num livro que diz muito, não à toa, sobre força feminina. Vale a pena a leitura! E você, conhece o trabalho da Laura, Pam ou Ray? Já leu esse livro? Até a próxima!
Minha nota: 
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