Como eu tinha dito no último post, o mês de março aqui no blog é para falarmos sobre contos de fadas! Quem nunca ouviu uma história com príncipes e castelos, magia e florestas sombrias? Difícil, não é? Nossa infância costuma ser recheada delas! Em grande parte nos deliciamos com o imaginário e o cunho afetivo posto a prova, mas esses contos (que nem sempre realmente envolvem fadas!) fazem parte da nossa cultura literária há mais tempo do que as pessoas acreditam. Desde então, várias versões foram elaboradas, para os mais diversos fins, e nem sempre as pessoas conhecem suas origens.
Então, vamos falar um pouquinho mais sobre Contos de Fadas?
Branca de Neve, Cinderela, A Bela e a Fera... Histórias que marcam nossas vidas e a de nossos pequenos, muitas vezes pelos olhos da Disney, que tanto embelezam esse universo mágico das tramas infantis. Mas você já ouviu falar sobre seus respectivos autores? Não? Hora de conhecê-los!
Charles Perrault
Escritor e advogado francês; responsável pelos arquitetos que projetaram Versalhes e o Louvre (1628-1703).
-Cinderela, O gato de botas, Chapeuzinho vermelho, O pequeno polegar, Barba azul...
Jeanne-Marie Leprince de Beaumont
Escritora francesa (1711-1780).
-A Bela e a Fera...
Jacob Grimm e Wilhelm Grimm
(1785-1863) (1786-1859)
Jacob era linguista e escritor, fundador da filologia alemã, e junto com o irmão reuniram contos da língua alemã.
-A bela adormecida, Branca de Neve, Rapunzel, João e Maria...
Hans Christian Andersen
Escritor dinamarquês (1805-1875).
-O patinho feio, A pequena sereia, A pequena vendedora de fósforos...
Joseph Jacobs
Folclorista e historiador nascido na Austrália que reuniu contos britânicos (1854-1916).
-João e o pé de feijão, Os três porquinhos...
Há milhares de anos a humanidade conta histórias, passando de geração em geração de forma oral, criando a cultura local de vários países. Charles Perrault foi o primeiro a reunir algumas dessas histórias em uma antologia de contos coletados na França, no século XVII. Mas somente no próximo século, com os irmãos Grimm, em 1812, o gênero literário Contos de Fadas ganhou adaptações de suas formas originais. Com essas releituras, contos com origens violentas foram traduzidas com olhar educativo, sendo difundidas na cultura da religião católica, que se expandia. Assim, os contos passaram a ser tratados diretamente como histórias infantis (claro, ainda podendo alegrar qualquer público) e não somente para adultos, como antigamente.
Para vocês terem uma ideia, a história de Chapeuzinho vermelho continha a versão onde a menina não era salva por nenhum caçador, pelo contrário, ela comia a avó e bebia seu sangue numa taça de vinho. Cruel? Branca de Neve fazia a madrasta usar sapatos de ferro quente, como vingança, além de haver relatos de que A bela adormecida teria sido vítima de estupro enquanto dormia. Parece absurdo? Pois é! Então, quando hoje vemos a Disney com suas histórias felizes, saiba que nem sempre foi assim! (Desculpe se destruí sua infância! hahaha')
Além dos musicais, hoje em dia também temos séries de TV com versões de tais histórias. Once Upon a Time é uma série americana que acompanho e que me surpreende a cada episódio, reunindo diversos contos em uma árvore genealógica maluca que faz todo o sentido, e nos faz ficar de queixo caído! Também existe Grimm, trazendo à tona todas essas histórias fantásticas para o cenário americano atual, mas essa não cheguei a acompanhar.
E nesse mês teremos o lançamento de A Bela e a Fera nos cinemas! Alguém animado? *-* Assim, ainda espero voltar com a resenha do filme para vocês! Além disso, a partir do próximo post, venho trazer pequenas entrevistas com alguns autores nacionais de contos de fadas! Se preparem para conhecer novas histórias de um jeito totalmente inesperado e encantador!!! <3 Nossos livros nacionais também possuem histórias incríveis e que precisam ser conhecidas! Não vão perder, não é? Até a próxima!
Fonte: Livro Contos de Fadas de Perrault, Grimm, Andersen e outros; Zahar 2010
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