Oi gente! Tudo bem?
A resenha de hoje, como já tinha avisado durante a semana, é do livro da Lyli, uma das autoras que esteve com a gente por aqui no blog através do SemanaW de março. Na quinta-feira compartilhei com vocês que Íris está participando de um processo de financiamento coletivo e, portanto, o livro ainda não tem seu formato físico, estando apenas em e-book! Enquanto a (ansiosa) publicação pela Publiquei Editorial não sai - possível previsão para agosto -, tive a honra de ler para trazer uma resenha bem especial para vocês. Vamos lá?
Sinopse:
"Talvez o medo mais escondido de cada ser humano seja o da morte. A ideia de deixar este mundo sem cumprir totalmente nossos sonhos é tão desesperadora que pode ser capaz de nos impedir de realizá-los. Assim acontece com Íris.
A menina carrega o pesar da doença do amor: Íris tem AIDS. O vírus e a síndrome adquiridos na sua infância implicam em cada aspecto da sua vida, principalmente por ter a saúde debilitada graças a uma complicação em seu sistema imunológico. Ela se esconde do universo, com a esperança de que sua doença não afete a mais ninguém.
Quando Hugo, um jovem sem grandes ambições ou sonhos, descobre que a irmã de seu melhor amigo tem uma lista de desejos não realizados, ele sabe o que fazer.
Começa assim a jornada dos dois, que lutam contra um defeito biológico e contra si próprios. Uma história sobre amor, preconceito e amizade."
Título: Íris Autora: Lyli Lua Editora: Publiquei Editorial Páginas: 79
Resenha:
"De repente todo o grande espetáculo da vida gira
em torno da morte."
Assim que me deparei com a sinopse do livro pressenti que Íris me faria derramar lágrimas. Sou fraca para romances, talvez por isso eu leia mais fantasia e distopia, mas é claro que adoro uma boa história de amor. E é assim que começo a resenha: Íris é uma bela história de amizade e superação, mas, acima disso, considero uma história de amor e não só da perspectiva romântica e sim, amor pela vida.
Quando você pensa em um enredo onde a protagonista tem AIDS, imagino que já sinta a tristeza e a sensação de injustiça batendo forte, não é? Mas e se a vida fosse mais do que simplesmente esperar pela morte? Não se pode escolher ao invés de "sobreviver", viver? Há uma diferença aí.
Hugo é um menino calmo, de bem com a vida, que tem como melhor amigo Pedro, vivendo sempre na casa dele e tendo contato com sua família como se fosse a sua também. Assim, conhece a irmã do menino, Íris, com quem nunca foi muito próximo pelo extremo cuidado e discrição que sua família tem em relação á garota de dezessete anos, aidética com neutropenia (uma complicação nos glóbulos que diminui a imunidade). Até que, indo para o lixo, um pequeno pedaço de cartolina chama a atenção de Gugão, como é chamado pelos amigos; era uma lista de desejos de Íris, momentos que ela gostaria de passar em vida. E é claro que o menino ficou mexido com aquela oportunidade de ser o gênio da lâmpada!
"Eu quero que você sinta tudo aquilo e passe por aquelas experiências novas, mesmo que eu precise me ferrar para arrumar tudo isso. Quero ver seu rosto descobrindo esse monte de coisas e realizando seus dez desejos."
E é a partir dessa lista de desejos que Hugo e Íris passam a se encontrar com mais frequência, se conhecendo melhor e tornando a recém amizade, de repente, em algo quase impossível para uma garota que dizia ter "prazo de validade": em um romance. Mas sabe aquele romance fofo que te faz ficar suspirando? Então. A dedicação de Hugo e seu enorme carinho pela Íris enchem o livro de ternura, deixando as cenas envolventes e nos fazendo esperar para ver como o menino se superaria para realizar cada item do papel. Aliás, o título de cada capítulo é nomeado pela numeração de determinado desejo, apresentando a trama literalmente como um ciclo, terminando de forma tão incrível quanto começou.
A linguagem flui facilmente, com as descrições marotas da Lyli na visão do Hugo nos deixando imaginar um garoto de dezesseis anos nos contando aquela história num fim de tarde. Pois sim, o livro é curtinho e pode ser lido em um dia. A ambientação no Rio de Janeiro, passando pela Tijuca, Grajaú e até mesmo a Lapa, nos transporta com os personagens. Muito bem destacados, ao seu modo, na história, eles carregam cargas afetivas tão bem construídas que nos fazem querê-los como amigos.
"Sou um homem negro, sempre conheci racismo e, mesmo assim, só comecei a entender há pouco tempo. A doença mais terrível que já caiu sobre a humanidade não é a AIDS,
é o preconceito."
E é claro, eu não poderia deixar de citar a bandeira contra o preconceito que Íris e Hugo levantam. Em uma sociedade como a nossa, onde cada vez mais nos deparamos com a preocupação do que mais pode vir a acontecer, ler um romance leve como esse é um interruptor para uma nova reflexão sobre como lidamos com o preconceito em nossa vida diária. Vemos e não fazemos nada? Hugo fez.
Ainda tenho a sensação de que não escrevi aqui o quanto que eu gostaria de dizer sobre Íris, isso para deixar claro que a história termina e ainda fica com a gente. Já garanti meu exemplar participando da campanha para a publicação acontecer, se você gostou da resenha e já está como eu, ansioso para ter o livro em mãos, ajude participando. Só clicar aqui e contribuir. E se quiserem ler a degustação, disponível no Wattpad, fique a vontade! Lembrando que o e-book está disponível somente na campanha de crowdfunding! <3
"[...] a AIDS ataca o corpo, mas só o preconceito ataca a alma"
Espero que tenham curtido conhecer um pouquinho do novo livro da Lyli que, como ela própria o define, é "uma celebração ao milagre de viver". Deixe seu comentário e até a próxima!
MEU DEUS MIGA EU NÃO TO BEM AAAAAAAAA
ResponderExcluirMUITO OBRIGADA por suas palavras! Estou tão feliz que você gostou do livro, não tenho nem palavras! <333 OBRIGADA!
Eu que agradeço <3 <3 <3 hahaha'
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