quinta-feira, 19 de março de 2020
Os sonhos na (minha) escrita distópica
Você deve estar se perguntando a que sonhos me refiro, não é? Não é o que desejo para o gênero distópico ou como os sonhos aparecem nessas narrativas. Na verdade estou aqui para falar de uma coisa bem básica para você que pode estar tentando concluir seu primeiro livro ou que possui essa vontade de escrever profissionalmente um dia: já prestou atenção nos sonhos que você tem a noite? Continue lendo para entender onde eu quero chegar...
Os sonhos podem ser o começo de uma grande história...
Esse post é especial pelo aniversário da minha duologia, Renegados. Hoje completamos 4 anos no Wattpad, plataforma onde você tem acesso à dezenas de livros de forma gratuita, incluindo os meus. Renegados e a sequência, Desertores (ambos completos por lá), surgiram para mim através de um sonho. Ou, melhor dizendo, ganharam forma em minha mente após a escrita baseada num sonho. Sabia?
Vamos voltar no tempo... Tudo começou quando sonhei que estava em um grande pátio. Ele parecia revestido de mármore, com pilastras dando ar de seriedade, um lugar intocável e protegido como uma fortaleza. Estava silencioso, lembro de passar por ali para entrar em uma sala que servia como enfermaria, inclusive estava vestida de branco. Mas, de repente, um estrondo. Havia um grande portão a certa distância de mim, com soldados fazendo barreira. Correria, confusão. O lugar estava sendo atacado por bombas. Não lembro de mais nada a não ser que eu era atingida bem no meio do pátio.
Pareceu familiar? Foi a partir disso que escrevi O contador de histórias, conto selecionado para a publicação de Céus de Chumbo, a antologia distópica que participei em 2016. Foi a primeira vez que me aventurei a escrever nesse gênero, depois de seis anos somente em fantasia e romance adolescente. É claro que tive influências externas de séries distópicas que acompanhava nos livros e cinema, como Legend e Jogos Vorazes, também.
Mas uma coisa é gostar e outra totalmente diferente é se arriscar na escrita de um gênero tão intenso (tema para outro post). Foi uma alegria ser escolhida com o primeiro conto enviado à uma editora e ainda ficar entre os dez melhores na classificação para o Prêmio Strix.
Não levei o prêmio, mas foi uma época muito importante para mim. E então a ideia foi continuar; lutas sociais, superpopulação, falta de suprimento básico... o que aconteceria com o mundo se isso se tornasse real? Assim surgiu Renegados, que não era para ser duologia, mas os personagens - e leitores - queriam mais. Temos hoje quase 40K de visualizações no Wattpad. E eu não deixaria de dizer aqui o meu muito obrigada a você que esteve ou está por lá!
Vou tentar puxar o fim desse post, embora não falte assunto aqui... Espero ter demonstrado a você como simples sonhos podem nos fazer dar grandes saltos. Leia, pratique, acredite. Sente insegurança com seus textos ou não sabe construir ideias? Comece escrevendo seus sonhos e veja o que acontece, quem sabe ajuda?
Atualmente a distopia realmente não está tão longe da nossa realidade, o que é assustador. Sempre digo que gosto do gênero por causa desse caráter de reflexão dos nossos atos quanto sociedade. Em época de coronavírus, digamos que não tem para onde fugir quando se trata de reflexão. É hora de analisarmos como reagimos ao que está acontecendo e fazermos a nossa parte para o bem de todos.
Que tal aproveitar a quarentena consciente lendo um pouco mais? Em comemoração ao aniversário, temos esse meu conto de Céus de Chumbo + conto extra gratuitos na Amazon! Mas só a partir de amanhã (dia do contador de histórias, hein!), até dia 24/3! Enquanto isso ele está no Kindle Unlimited e num precinho bem camarada. Aproveita também para conhecer a duologia enquanto ainda está disponível no Wattpad. Cuide-se e boa leitura!
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